sexta-feira, 26 de julho de 2013

quinta-feira, 18 de julho de 2013

A Fibra da criatividade


Existem diversos tipos de fibras: genericamente, elas podem ser de origem animal ou vegetal. No artesanato, as mais comumente utilizadas são as palhas e fibras vegetais.

Normalmente, em natura, têm formato alongado, são filamentos, que podem ser contínuos ou cortados, podendo ser fiados, para a formação de fios, linhas ou cordas ou dispostas em mantas e esteiras, para a produção de papel, feltro ou outros produtos.

O trançado de fibras vegetais é uma das artes mais antigas do mundo. As populações tradicionais da Amazônia utilizam inúmeras fibras nativas da região para tecer cestas, mandalas, bolsas e muitos outros produtos utilitários e decorativos. Uma atividade que tradicionalmente atendia à necessidade de utensílios e recipientes para o uso da própria família e comunidade se transformou em uma oportunidade de geração de renda, que valoriza práticas sustentáveis de uso dos recursos naturais, resgata saberes e habilidades tradicionais e valoriza a identidade cultural.

Muitas são as fibras vegetais utilizadas no artesanato brasileiro: cipós, juncos, rattan, taquara, vime, fibra de bananeira, piaçava, sisal, etc. Dependendo da espécie que se utiliza, os processos de beneficiamento e transformação variam; algumas não recebem tratamento e só são colocadas para secar, enquanto que outras são trançadas ainda úmidas. Existem diversos tipos de técnicas de trançado, os tingimentos podem usar corantes naturais extraídos de folhas, sementes ou casca de árvores (como o urucum, o eucalipto, a casca de cebola e açafrão, entre outros), e também são utilizados vernizes e pigmentos artificiais (como a anilina).


É fundamental destacar, a importância da arte do trançado para as culturas tradicionais, como modo de adaptação à natureza para a subsistência, geração de trabalho e renda, e afirmação da identidade cultural e étnica. Ressalta-se, ainda, que o artesanato de fibras vegetais foi pouco abordado na literatura acadêmica até os dias de hoje, sobretudo no campo do design.


FONTE: Artesanato Brasileiro

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Tradição, nacionalismo e uma cultura nacional grandiosa: este é o povo gaúcho.



Gaúcho

Nome pelo qual é conhecido o homem do campo na região dos pampas da Argentina, Uruguai e do Rio Grande do Sul e, por extensão, os nascidos neste estado brasileiro.
Originariamente, o termo foi aplicado, em sentido pejorativo (como sinônimo de ladrão de gado e vadio), aos mestiços e índios, espanhóis e portugueses que naquela região, ainda selvagem, viviam de prear o gado que, fugindo dos primeiros povoamentos espanhóis, se espalhava e reproduzia livremente pelas pastagens naturais. Igualmente livre, sem patrão e sem lei, o gaúcho tornou-se hábil cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira.
No séc. XVIII, foi o gaúcho brasileiro um instrumento de fixação portuguesa no Brasil meridional, contribuindo para a manutenção das fronteiras com as regiões platinas. Com o estabelecimento das fazendas de gado e com a modificação da estrutura de trabalho, o gaúcho perdeu seus hábitos nômades, enquadrando-se na nova sociedade rural como trabalhador especializado: era o peão das estâncias.
O reconhecimento de sua habilidade campeira e de sua bravura na guerra fez com que o termo "gaúcho" perdesse a conotação pejorativa. Paralelamente, surgiu uma literatura gauchesca, incorporando as lendas de sua tradição oral e as particularidades dialetais, e exaltando sua coragem, apego à terra, seu amor e liberdade.

Origem da palavra Gaúcho

No início, quando toda a atividade se resumia à extração do couro do gado selvagem, os habitantes do Pampa eram designados como guascas, palavra que significa tira de couro cru.
Só mais tarde, por volta de 1770, de acordo com o historiador argentino Emilio Coni, vai aparecer o termo gaudério, aplicado aos "aventureiros paulistas que deserdavam das tropas regulares para se tornarem coureadores e ladrões de gado" .
Considerado pioneiro nas pesquisas sobre o tema, Coni afirma que a expressão "gaúcho" torna-se corrente nos documentos a partir de 1790, como sinônimo de gaudério e também para designar os ladrões de gado que atuavam nos dois lados da fronteira.
O pesquisador uruguaio Fernando Assunção informa ter encontrado em 1771 uma correspondência ao governador Vertiz, de Buenos Aires, pedindo providências contra "alguns gahuchos" que andavam assaltando estâncias e roubando na região.

Uma coisa é certa: até a metade do século passado, o termo gaúcho era ainda depreciativo, "aplicado aos mestiços de espanhol e português com as índias guaranis e tapes missioneiras". Saint Hilaire, nos seus minuciosos apontamentos de 1820, ainda menciona "esses homens sem religião nem moral, na maioria índios ou mestiços que os portugueses designavam pelo nome de Garruchos ou Gahuchos".
Quanto á origem da palavra, há muitas divergências. Alguns autores afiram que o termo gaúcho vem do guarani. Significaria "homem que canta triste", aludindo provavelmente à "cantinela arrastada dos minuanos".
A maioria dos autores rio-grandenses, no entanto, aceita outra explicação: seria uma corruptela da palavra Huagchu, de origem quêchua, traduzida por guacho, que significa órfão e designaria os filhos de índia com branco português ou espanhol, "registrados nos livros de batismo dos curas missioneiros simplesmente como filho de fulano com uma china das Missões", de acordo com Augusto Meyer.


FONTE: PÁGINA DO GAÚCHO

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Ideias Sustentáveis - Rama de cenoura, uma fonte de nutrientes.

Muitos alimentos, erroneamente descartados por nós, são fontes de muitos nutrientes e uma ótima solução para a recente preocupação de escassez alimentar porque atravessa nosso planeta. Reciclar, reduzir e reutilizar: com estes 3 verbos o mundo em que vivemos certamente se tornará melhor e com ótimas perspectivas às gerações futuras.

Ramas da cenoura são mais nutritivas que a cenoura

Adaptação de Luís Guerreiro

Aquilo a maioria das pessoas joga fora para o lixo antes mesmo de sair da feira ou no máximo ao chegar em casa poderia ser tão nutritivo. As ramas de cenoura (ou folhas de cenoura) são mais nutritivas do que a própria cenoura, revela um estudo recente.
A conclusão é da farmacêutica pesquisadora Rosemary Gualberto Pereira da Universidade Federal Lavras, em Minas Gerais. Em suas palavras: "Estão jogando ferro, fibras e proteínas no lixo", resume-se a proporção do desperdício.
E não é só isso: As ramas de cenoura ainda são ricas em cálcio, magnésio, zinco e betacaroteno. A pesquisadora ainda revela:
“As cenouras hoje, praticamente, não necessitam do uso de agrotóxicos. Então, as ramas são quase que orgânicas. É mais uma vantagem para utilizar a rama da cenoura”.
Didaticamente numa lista, as ramas de cenoura contêm: cálcio, magnésio, zinco, ferro, betacaroteno, fibras, vitamina K e clorofila

FARINHA DE RAMAS DE CENOURA. Como fazer em casa

A equipe de pesquisadoras desenvolveu a farinha de ramas de cenoura, que concentra alto valor nutritivo. Após secar e moer - elas dizem que dá até para fazer em casa - e o Saúde com Ciência vai dizer como proceder a secagem: Separe várias ramas de cenoura lavadas, higienizadas e secas (aqueles secadores de verduras que a gente gira até sair a maior parte da água são eficientíssimos) e coloque entre duas folhas de papelão também limpas. Leve ao forno baixo com a tampa semiaberta (utilize o cabo de uma colher grande de inox para que o forno não se feche totalmente) e deixe por 20 minutos. Tire do forno e veja se as ramas já estão secas. Caso contrário, deixe mais um pouco no forno.

Quando estiverem completamente secas, mas não queimadas, coloque-as num processador e bata pulsando ou em velocidade fraca. Você terá a sua farinha de ramas de cenoura que poderá ser adicionada a batidos, molhos, cremes, bolos, pão, sopas, no feijão e até mesmo no arroz. É excelente para as crianças, que nem saberão que estão comendo algo tão nutritivo.


FONTE: IDEIAS SUSTENTÁVEIS

Preparo da farinha de rama de cenoura