sexta-feira, 30 de agosto de 2013

6 dicas ecológicas para a construção de sua casa.



1. TIJOLO DE SOLO-CIMENTO
Por que é ecológico: seca ao sol - sem precisar ir ao forno a lenha. Numa casa como a de Cecília, a opção por esse tipo de tijolo poupou a queima de sessenta árvores
Quanto custa*: 380 reais (1 000 tijolos), o dobro do preço da versão comum
Comentário dos especialistas: vale a pena investir no tijolo ecológico. Como dispensa acabamento com massa corrida, na ponta do lápis não onera em nada o orçamento da obra.

2. MADEIRA COM CERTIFICAÇÃO DE ORIGEM
Por que é ecológica: vem com um selo que atesta que a madeira foi extraída sem degradar
o solo nem o ambiente de onde foi retirada 
Quanto custa*: 2 500 reais (o ipê, por metro cúbico) - 15% mais cara do que a mesma madeira sem a certificação 
Comentário dos especialistas: circula a idéia de que a madeira ecológica tem melhor qualidade, mas não é verdade. Sua única diferença para as outras está no processo de extração.

3. SISTEMA DE ENERGIA SOLAR PARA AQUECER A ÁGUA
Por que é ecológico: com essa "miniusina" caseira gasta-se 30% menos energia elétrica
Quanto custa*: 5 000 reais
Comentário dos especialistas: com a economia na conta de luz, o investimento se paga em dois anos. Uma ressalva: o sistema não dá conta das baixas temperaturas, quando é necessário recorrer ao aquecimento elétrico.

4. SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA
Por que é ecológico: numa região chuvosa, como Sorocaba, a metade da água necessária
à família vem desse sistema 
Quanto custa*: 2 500 reais (para uma casa de 100 metros quadrados)
Comentário dos especialistas: compensa investir no sistema. Além de ajudar a economizar
na conta, é garantia de abastecimento de água para o futuro, quando esse pode se tornar um
item mais escasso - e caro.

5. ESTAÇÃO DOMÉSTICA DE TRATAMENTO DE ESGOTO
Por que é ecológica: permite reaproveitar a água para tarefas do dia-a-dia, como a limpeza
da casa (como não fica 100% limpa, deve-se evitar usá-la no banho ou para beber)
Quanto custa*: 6 000 reais
Comentário dos especialistas: na comparação com o sistema de captação de água da chuva, é mais caro e de uso mais restrito - se for escolher entre os dois, fique com o outro.

6. LÂMPADA FLUORESCENTE
Por que é ecológica: consome 80% menos energia do que uma lâmpada incandescente e dura dez vezes mais 
Quanto custa*: 15 reais (a de 20 watts) - seis vezes mais do que as lâmpadas comunsComentário dos especialistas: compensa por ter vida útil infinitamente mais longa do que a das lâmpadas convencionais - e ainda poupar energia.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Home Pinhão



O home Pinhão é composto por tons tipicamente brasileiros que integram o ambiente e criam uma atmosfera sólida e robusta. Para conhecer outros espaços acesse: 

http://www.todeschinisa.com.br/

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Parintins: o Carnaval do Boi



Considerado uma das maiores festas regionais do país, o Festival de Parintins não acontece durante o carnaval, mas pode ser comparada às grandes manifestações carnavalescas que acontecem pelo Brasil, por sua importância e grandiosidade. Presente no calendário oficial de eventos de ou Parintins desde 1965, o evento se repete todo mês de junho. O nome do festival é originário do lugar onde ela acontece, a Ilha de Parintins, a 420 quilômetros de Manaus.


Durante o festival é representada uma rivalidade quase centenária entre dois grupos que encenavam nas ruas de Parintins o folclore do boi-bumbá, uma variação do bumba-meu-boi nordestino. Os bois encenam a lenda de Catirina, uma roceira que teve o desejo de comer língua de boi durante a gravidez. Para satisfazer o desejo dela, Negro Francisco, marido de Catirina, mata o boi favorito de seu patrão. Por causa disso, ele foi ameaçado de morte. Um pajé ajuda Francisco e ressuscita o boi.

O boi Garantido, fundado em 1913, foi o primeiro a encenar a lenda de Franscisco e Catirina. Nove anos depois foi fundado o boi Galante, que viria a se chamar Caprichoso a partir de 1925. O Garantido, de cor vermelha, é o boi mais popular, enquanto o Caprichoso, de cor azul, representa a elite amazonense.
Até o ano de 1987, a disputa entre os bois aconteciam no centro de Parintins. No ano seguinte foi construído uma arena, para onde as apresentações foram transferidas. Hoje, o evento recebe cerca de 100 mil pessoas no "bumbódromo" nas três noites de disputa. Diferentemente do que acontece nos sambódromos, apenas 5% dos ingressos do bumbódromo são vendidos, o restante é distribuído de graça para as torcidas dos bois.

Ritmo predominante - Toada

As toadas são cantigas que em geral refletem as peculiaridades regionais do Brasil, ou seja, não se trata de um ritmo exclusivamente amazonense. Pode ser composto por melodias de diversos tipos - simples, ora chorosa e triste, ora álacre e buliçosa, ora cômica ou satírica. Em geral, as toadas não são romanceadas, mas possuem estrofes e refrãos. Até o final dos anos 80, no Amazonas, as toadas eram músicas cujas letras exaltavam o boi e a cultura cabocla parintinense. Na década de 90, a temática indígena que foi introduzida com sucesso no Boi Bumbá de Parintins, ganhou mais força, principalmente com o advento dos rituais indígenas, que se tornaram o ponto alto do Festival. Com o sucesso de tais toadas, o público da capital, Manaus, adotou a toada como símbolo da cultura amazonense.

O Desfile - Cerca de 3 500 integrantes de cada boi desfilam por noite, divididos em 30 tribos (uma espécie de ala de escola de samba). Cada boi possui um mestre de cerimônias, que narra o enredo e as alegorias. O Garantido e o Caprichoso desfilam por três noites, em apresentações que duram duas horas e meia. As coreografias dos bois são ensaiadas durante seis meses nos "currais", espaços equivalentes às quadras de escolas de samba.
Em Parintins, cada boi apresenta cerca de 20 toadas - canções de melodia simples sobre a lenda do boi-bumbá - acompanhados por uma bateria composta por aproximadamente 500 músicos. As alegorias são empurradas por pessoas e podem chegar a 40 metros de comprimento e 12 metros de altura.

FONTE: REVISTA ESCOLA

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Escola Sustentável




Quando o assunto é trabalhar meio ambiente e fazer da escola um espaço sustentável, é comum achar que isso implica em reformas na estrutura física do prédio e altos investimentos. Não é bem assim. O fundamental é permitir que os alunos incorporem ao cotidiano atitudes voltadas à preservação dos recursos naturais.
"As crianças precisam iniciar esse processo desde cedo. Não basta falar e ensinar apenas com livros", diz Lucia Legan, autora do livro A Escola Sustentável, pedagoga e diretora do Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (Ecocentro Ipec), em Pirenópolis, a 120 quilômetros de Goiânia. Também não adianta fazer um projeto de combate ao desperdício da água e deixar torneiras vazando e mangueiras abertas no jardim da escola.
Ser ecologicamente sustentável significa apostar num desenvolvimento que não desrespeite o planeta no presente e satisfaça as necessidades humanas sem comprometer o futuro da Terra e das próximas gerações. Tal postura se enquadra no conceito de permacultura, criado em 1970 e segundo o qual o homem deve se integrar permanentemente à dinâmica da natureza, retirando o que precisa e devolvendo o que ela requer para seguir viva. Parece complicado, mas pode ser posto em prática com ações simples, como não desperdiçar água, cultivar áreas verdes e preferir produtos recicláveis.
Sabe-se que, em pequena escala, tais procedimentos não revertem os danos causados ao meio ambiente, porém têm grande impacto na rotina escolar. "Temos consciência de que as iniciativas da escola são fundamentais para promover a conscientização dos alunos, os futuros adultos que tomarão conta do planeta", afirma Neide Nogueira, coordenadora do programa de Educação Ambiental do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac), em São Paulo.
ALFABETIZAÇÃO ECOLÓGICA: UM PROJETO QUE MOBILIZA TODA A EQUIPE
A Educação Ambiental é um dos temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), do Ministério da Educação (MEC). Ela garante que os alunos aprendam a tomar decisões sustentáveis, num processo chamado de ecoalfabetização. "A sustentabilidade se apoia no cuidado com as pessoas, a Terra e os recursos naturais. Esses eixos estão na escola e cabe ao diretor mobilizar a comunidade em torno deles", diz Sueli Furlan, docente da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP) e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.
Os gestores podem iniciar o processo, envolvendo funcionários e famílias do entorno. As faxineiras, por exemplo, devem atentar ao descarte de lixo e produtos de limpeza e ao bom uso de água e energia. Já aos professores fica a tarefa de discutir as várias questões ambientais com os conteúdos das disciplinas. "Tudo isso passa à comunidade a mensagem de que a escola se preocupa com a Terra", afirma Neide.
Foi nessa mobilização que investiu a diretora Iolanda José Naves, da EE Comendador Joaquim Alves, em Pirenópolis, com a ajuda do Ecocentro Ipec. Os alunos estudaram o assunto e, em seguida, fizeram desenhos sobre como gostariam que a escola fosse em termos ambientais. Surgiram elementos como coletores de chuva, ainda não implantados, e a ampliação das áreas verdes, aspiração já concretizada.
Hoje, 600 alunos do 6º ao 9º ano cuidam do descarte de resíduos, mantendo uma composteira com a ajuda dos professores, e do cultivo de árvores, participando de projetos de reflorestamento do entorno. Também auxiliam a equipe a separar o papel que será encaminhado para a reciclagem e combatem o desperdício de comida, água e energia.
Transformar valores e atitudes cotidianas requer cuidado especial por parte da gestão. É um erro comum, por exemplo, tocar no assunto apenas em datas comemorativas. Campanhas de reciclagem também devem ser vistas com bastante cautela, pois promovem concursos que premiam quem mais reúne garrafas PET ou latas de alumínio - longe de ser uma atitude sustentável, elas acabam promovendo o consumo desnecessário. "A criança não deve separar o lixo para vencer uma aposta, mas por ser essa uma postura essencial para o meio ambiente", afirma Neide. Outras ações nada eficazes são ensinar apenas com palestras e projetos tão complicados que acabam sendo abandonados.

A questão ambiental é um assunto cada vez mais em pauta na sociedade e ela pode estar integrada às práticas cotidianas de uma escola. Esse, segundo Lúcia Legan, é o jeito mais eficaz de transmitir o aprendizado necessário sobre meio ambiente e sustentabilidade. Confira o projeto institucional elaborado com base nas iniciativas desenvolvidas na Comendador Joaquim Alves e em outras escolas de Pirenópolis, em parceria com o Ecocentro Ipec.

Por: Noêmia Lopes

sexta-feira, 26 de julho de 2013

quinta-feira, 18 de julho de 2013

A Fibra da criatividade


Existem diversos tipos de fibras: genericamente, elas podem ser de origem animal ou vegetal. No artesanato, as mais comumente utilizadas são as palhas e fibras vegetais.

Normalmente, em natura, têm formato alongado, são filamentos, que podem ser contínuos ou cortados, podendo ser fiados, para a formação de fios, linhas ou cordas ou dispostas em mantas e esteiras, para a produção de papel, feltro ou outros produtos.

O trançado de fibras vegetais é uma das artes mais antigas do mundo. As populações tradicionais da Amazônia utilizam inúmeras fibras nativas da região para tecer cestas, mandalas, bolsas e muitos outros produtos utilitários e decorativos. Uma atividade que tradicionalmente atendia à necessidade de utensílios e recipientes para o uso da própria família e comunidade se transformou em uma oportunidade de geração de renda, que valoriza práticas sustentáveis de uso dos recursos naturais, resgata saberes e habilidades tradicionais e valoriza a identidade cultural.

Muitas são as fibras vegetais utilizadas no artesanato brasileiro: cipós, juncos, rattan, taquara, vime, fibra de bananeira, piaçava, sisal, etc. Dependendo da espécie que se utiliza, os processos de beneficiamento e transformação variam; algumas não recebem tratamento e só são colocadas para secar, enquanto que outras são trançadas ainda úmidas. Existem diversos tipos de técnicas de trançado, os tingimentos podem usar corantes naturais extraídos de folhas, sementes ou casca de árvores (como o urucum, o eucalipto, a casca de cebola e açafrão, entre outros), e também são utilizados vernizes e pigmentos artificiais (como a anilina).


É fundamental destacar, a importância da arte do trançado para as culturas tradicionais, como modo de adaptação à natureza para a subsistência, geração de trabalho e renda, e afirmação da identidade cultural e étnica. Ressalta-se, ainda, que o artesanato de fibras vegetais foi pouco abordado na literatura acadêmica até os dias de hoje, sobretudo no campo do design.


FONTE: Artesanato Brasileiro

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Tradição, nacionalismo e uma cultura nacional grandiosa: este é o povo gaúcho.



Gaúcho

Nome pelo qual é conhecido o homem do campo na região dos pampas da Argentina, Uruguai e do Rio Grande do Sul e, por extensão, os nascidos neste estado brasileiro.
Originariamente, o termo foi aplicado, em sentido pejorativo (como sinônimo de ladrão de gado e vadio), aos mestiços e índios, espanhóis e portugueses que naquela região, ainda selvagem, viviam de prear o gado que, fugindo dos primeiros povoamentos espanhóis, se espalhava e reproduzia livremente pelas pastagens naturais. Igualmente livre, sem patrão e sem lei, o gaúcho tornou-se hábil cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira.
No séc. XVIII, foi o gaúcho brasileiro um instrumento de fixação portuguesa no Brasil meridional, contribuindo para a manutenção das fronteiras com as regiões platinas. Com o estabelecimento das fazendas de gado e com a modificação da estrutura de trabalho, o gaúcho perdeu seus hábitos nômades, enquadrando-se na nova sociedade rural como trabalhador especializado: era o peão das estâncias.
O reconhecimento de sua habilidade campeira e de sua bravura na guerra fez com que o termo "gaúcho" perdesse a conotação pejorativa. Paralelamente, surgiu uma literatura gauchesca, incorporando as lendas de sua tradição oral e as particularidades dialetais, e exaltando sua coragem, apego à terra, seu amor e liberdade.

Origem da palavra Gaúcho

No início, quando toda a atividade se resumia à extração do couro do gado selvagem, os habitantes do Pampa eram designados como guascas, palavra que significa tira de couro cru.
Só mais tarde, por volta de 1770, de acordo com o historiador argentino Emilio Coni, vai aparecer o termo gaudério, aplicado aos "aventureiros paulistas que deserdavam das tropas regulares para se tornarem coureadores e ladrões de gado" .
Considerado pioneiro nas pesquisas sobre o tema, Coni afirma que a expressão "gaúcho" torna-se corrente nos documentos a partir de 1790, como sinônimo de gaudério e também para designar os ladrões de gado que atuavam nos dois lados da fronteira.
O pesquisador uruguaio Fernando Assunção informa ter encontrado em 1771 uma correspondência ao governador Vertiz, de Buenos Aires, pedindo providências contra "alguns gahuchos" que andavam assaltando estâncias e roubando na região.

Uma coisa é certa: até a metade do século passado, o termo gaúcho era ainda depreciativo, "aplicado aos mestiços de espanhol e português com as índias guaranis e tapes missioneiras". Saint Hilaire, nos seus minuciosos apontamentos de 1820, ainda menciona "esses homens sem religião nem moral, na maioria índios ou mestiços que os portugueses designavam pelo nome de Garruchos ou Gahuchos".
Quanto á origem da palavra, há muitas divergências. Alguns autores afiram que o termo gaúcho vem do guarani. Significaria "homem que canta triste", aludindo provavelmente à "cantinela arrastada dos minuanos".
A maioria dos autores rio-grandenses, no entanto, aceita outra explicação: seria uma corruptela da palavra Huagchu, de origem quêchua, traduzida por guacho, que significa órfão e designaria os filhos de índia com branco português ou espanhol, "registrados nos livros de batismo dos curas missioneiros simplesmente como filho de fulano com uma china das Missões", de acordo com Augusto Meyer.


FONTE: PÁGINA DO GAÚCHO