sexta-feira, 1 de março de 2013



Arquitextos, PARTE I

Arquitextos – este foi o nome que pensamos para esta série de postagens literárias intimamente relacionadas com o design e não somente o impacto emocional dos textos. No caso da poesia visual, o design e a composição são responsáveis de maneira direta pela criação da cadeia de sentidos explorados pelos criadores da mensagem.
Ao longo da história, observamos o emprego da poesia visual em peças publicitárias, além de estarem presentes em diversas escolas literárias acadêmicas, tais como o concretismo, o neoconcretismo, o cubismo e muitas outras vertentes modernas e pós-modernas nacionais e internacionais. É o chamado texto ARQUITETÔNICO, feito com alma, mas provido de uma visão plástica, matemática e analítica das sensações a serem despertadas.
Fábio Lucas, escritor e crítico literário, conceitua de maneira evidente a poesia visual nos tempos atuais: “O Poema Visual utiliza, com felicidade, a combinação dos signos verbais com a expressividade da linguagem icônica. Assim os dois códigos, o digital e o icônico, se combinam à perfeição para traduzir imagens poéticas e juízos críticos”.

                
(Neste texto o autor Avelino Araújo trabalha com duas formas distintas na mesma composição: primeiro a do soneto, que é uma poesia clássica composta de 14 versos, divididos em dois quartetos e dois tercetos. Posteriormente e mais importante, ele utiliza o impacto visual e a tensão que as palavras transformadas em arames farpados proporcionarão aos leitores que as correlacionarem com o Apartheid, presente no título da obra).


(Nesta peça publicitária do grupo Todeschini Minas já postada neste Blog, a poesia visual foi aplicada de modo sistemático, para que as palavras, escolhidas por suas afinidades com a  arquitetura, formassem a obra “Igreja da Pampulha”, do grande arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer).

Não percam mais postagens da série Arquitextos, porque a palavra, o design e a arquitetura sempre andaram de mãos dadas.

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